Fazer com paixão

       Talvez tenha acordado cedo hoje pelo fato de ser domingo, estou em trabalho “on line” e minha esposa no presencial. A saúde não faz feriadão para “comemorar” os mortos, pelo contrário, funciona 24 horas para que o ser humano fique vivo, tenha condições de vida e faça bom uso da vida.     Talvez tenha algo errado, fiquei pensando enquanto preparava o café do filhote, uma vez que vivemos numa sociedade que faz folga para homenagear a quem já morreu quando talvez isso deveria ter sido feito em vida.      Tal vez pareça estranho o que vou colocar aqui mas como hoje tudo carece de um respaldo trago uma reflexão do filósofo coreano Byung-Chul Han que coloca que estamos vivendo numa sociedade onde “...nos transformamos em zumbis saudáveis e fitness, zumbis do desempenho e do botox...”.        Talvez a gente desaprendeu a valorizar a vida, a valorizar em vida, a viver a vida como ela simplesmente é, sem necessidades por vezes malucas de provar aos outros que sé é feliz, que se

  Estava pensando no chato que é, todos os dias, a gente ser bombardeado de informações, produtos, promoções e etc nas redes sociais cada vez menos sociais. A realidade mudou e o modus operandis de sobrevivência do ser humano parece que também. A desvairada corrida pela vida boa e supostamente feliz mudou de cenário, mudo de pista e já não basta ter ótimo desempenho, é preciso chamar a atenção. Cada um, a sua maneira, busca seu lugar nesse novo mercado. Alguns vendem, outros facilitam negociações, outros fazem vídeos pois ninguém mais tem tempo para ler algo extenso pois o dedo polegar entra estado de contração “involuntária”, ou automática eu diria, querendo deslizar a tela no famoso e tentador“ arrasta pra cima”. As dancinhas, as piadas, as “pegadinhas”, receitas, artigos, e..... estão todos alí, num piscar de olhos, ao alcance da mente que, muitas vezes já está condicionada a ler e escutar tudo pela metade, numa pressa maluca pois parece que o mundo vai acabar e que o tempo vai

  Hoje acordei e pensei no você. Simmm, pode parecer estranho pois talvez a gente seja bem amigo, e aí se justificaria tal pensamento, ou talvez você seja pouco conhecido ou apenas temos “relações “ por redes sociais. O que importa é que se você pensou em você está tudo bem e eu entendo porque isso aconteceu, mas eu falei que acordei pensando “no você”. Pensar no eu, ou seja , pensar em si é fácil , ainda que por vezes seja dolorido. Vivemos no mundo do pensar em si e está tudo bem desde que não fiquemos no eu pois existe um mar de você e hoje, cada vez mais, de nós carentes de atenção e carinho. A cada dia vemos que a tal “pandemia” afetou a sociedade de tal forma que aquela sensação de humanização que vivemos parece cair no esquecimento pois a lei da sobrevivência é implacável e não nos compete julgar alguém que, mediante seus atos, defende sua vida e a vida dos seus. Entretanto é triste ver que muitos aproveitaram o momento para lucrar sobre o próximo na ideia de enriqueciment