QUEM É MAIS IMPORTANTE?
Hoje começo esse breve texto
respondendo a pergunta do título. POR MUITO TEMPO PENSEI QUE ERA EU. Sim,
parece estranho, mas por muitos anos entrei na minha clínica, no hospital e,
por muitas vezes na universidade, ME ACHANDO GRANDE COISA.
ra uma falsa felicidade e entende que por conseguir isso teve sucesso, foi o cara, o fodão, arrasou e, de repente, a gente percebe que não foi nada, não foi ninguém e, na verdade, foi. Simmmm, foi um abobado que achou que por ter uma faculdade, uma pós graduação, um mestrado, uma clinica com muita gente e “reconhecimento profissional”, era grande coisa.
O problema é quando, mesmo com
tudo isso, você sente que tá faltando algo e que aqueles que conseguiram bem
menos que você, que possuem bem menos posses que você, são mais felizes,
sentem-se mais realizados e possuem uma paz interior que você nunca teve.
Aí....não tenha dúvida, bate um desespero, é o fundo do poço ou talvez a
vontade de se atirar no poço.
Nesses momentos a gente entende o
valor da gratidão por ter uma família que, além de te apoiar, mesmo que as vezes
te apertando, te espreme pois conhece e sabe o que tens para dar. Nesses
momentos a gente entende o significado de resiliência pois errar faz parte, mas
aprender com erros e corrigi-los é opção. Nesses momentos a gente entende o
significado de família, uma fortaleza cercada por muros de amor, com canhões de
defesa cujas balas são feitas de compreensão, compaixão e fé.....a pólvora...ahhh....
a pólvora para o disparo é o amor, o respeito e a admiração mútua.
Dias desses entrava no hospital e
como sempre tenho feito desde alguns anos para cá, falei com o tio da
manutenção sobre a pescaria; com a tia da higienização sobre sua família que
está no nordeste; com o pessoal da secretaria da administração; com o porteiro e falei com o “ doutor” também sendo que então percebi que ninguém é mais importante,
somos todos iguais.
Ahhh, diria o suposto sábio, mas
olha o que eu estudei, olha por onde já viajei, olha tudo que eu tenho e verás
que eu sou diferente. E nesse momento eu respondi para mim e assim pensei em
responder: Você não é mais importante pois na faculdade da vida você não
estudou; somente quem lá estuda entende o valor da vida. Você pode ter viajado
o mundo mas a viagem mais longa, talvez a com mais desafios e descobertas, qual
seja, a viagem interior, você ainda não fez. Talvez tenha medo, lhe falte
coragem, pois descobrir virtudes sempre é fácil mas reconhecer fraquezas,
apesar de ser sinônimo de grande riqueza, requer força espiritual. Você até
pode ter bens materiais, mas é uma pena que eles não lhe abracem, não lhe
beijem e não lhe digam “eu te amo”: você ate pode falar isso para eles mas seria
a mesma coisa que falar com uma parede.
O recado é simples e não estou
aqui para pregar moral pois também gosto de viajar, também gosto de boa comida
e conforto. O lance é que para ter isso eu não preciso ter mais que os outros,
achar que eu sou mais que os outros, achar que eu sou melhor que os outros. Se
a gente pensar assim, mais cedo ou mais tarde, nossas atitudes vão ser assim e
te digo com certeza que o resultado final pode ser uma queda, acompanhada de um
terremoto de julgamentos pois pessoas iguais a como você foi o universo tem aos
montes haja vista que poucos se dispõe à mudança, à reinvenção, ao
empreendedorismo da vida e, ainda, estão sempre prontas para lhe julgar e assumir seu
lugar
Cuide que grana e reconhecimento
são bons mas ao mesmo tempo, se não gerenciados de forma adequada, são
armadilhas. Cuide, não caia na armadilha que você mesmo montou. Entenda
humildade em pedir ajuda como um grande crescimento pessoal e uma maneira
simples de fazer a vida ter grande valor.
Se até aqui não deu certo, não
tem problema. Pare, retire-se, analise e faça o protótipo daquilo que você
sente que é o melhor para você e para o mundo pois, afinal, somos um
ecossistema de sentimentos e relações. Não espere, e coloque a “escola de samba
“ na avenida” pois a vida é curta, nesse plano, estamos de passagem alguém
diria.
Quando temos um propósito humano
e humanizado tudo faz sentido. Não esqueça, entretanto, de colocá-lo em prática
pois se não o fizer não haverá legado. Que a gente seja como aqueles que partiram, muitos anos passados, e que longe dos
feitos da época, mesmo no momento atual, seguem vivos na memória de quem ficou.
Lembremos que se queremos um
mundo melhor devemos fazer para tal. Não vamos corrigir todas as distorções da tela
do filme vida mas podemos melhora a qualidade da imagem, levando o mesmo “sinal”
ao maior número de pessoas.
Eu te garanto que fazer assim
vale a pena pois o retorno espiritual e emocional possuem uma riqueza inestimável n
a medida que entendemos que somos importantes cada um não sua vivência.
Muito verdadeiro, auto-conhecimento e inteligência emocional, é algo que não aprendemos "na escola" (bem que podia ter uma disciplina assim) precisamos aprender na vida, as vezes "à duras penas". Cada pessoa tem "sua caminhada", alguns com oportunidade e resiliência possuem uma carreira, são realizados profissionalmente. Outros, trabalham "naquilo que podem", mas independente da sua atividade, é preciso reconhecer o valor e a importância do outro (seja a faxineira, seja o vigia...) e desenvolver seu respeito, sua admiração por cada profissional e fazer seu trabalho com amor e capricho.
ResponderExcluirCada um tem seu caminho, seu desenvolvimento pessoal, sua história de vida nas dificuldades que enfrentou, nos traumas que carrega, e muitas vezes, no que menos tem bens materiais, naquele que enfrentou maior pobreza, nesse vemos "uma riqueza" de vida pois quando enfrenta dificuldades, o ser humano valoriza o pouco que tem, as coisas simples da vida, e fica grato com as pequenas vitórias, feliz com o que Deus lhe proporciona - humildade, gratidão, respeito, alegria, admiração, amor, fé que venham a todos sem distinção e sejam distribuídos e multiplicados.
Gratidão pela leitura e bela reflexão. Grande abraço.
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